Já faz uma semana que vi esta pérola do cinema moderno e um dos filmes mais entusiasmantes de sempre. No entanto, só hoje tive verdadeiramente tempo para escrever um post à altura do acontecimento. Não vai ser nada longo nem enfadonho, apenas queria tentar não me esquecer de comentar aqueles pequenos pormenores que fazem verdadeiramente a diferença. A começar pela banda sonora. Por isso, ponham o vídeo a rodar enquanto lêem o resto:
Como eu estava a dizer... Esta maravilha que podem ouvir (tendo em conta que se trata de uma banda sonora de um filme que pretende atravessar os anos 70, 80, 90 e a actualidade!!) é realmente qualquer coisa de extraordinário e é apenas um dos bons exemplos que o filme contém. Todo ele é polvilhado por grandes momentos artísticos, com uma banda sonora sempre adaptada à realidade do filme.
Depois foi toda a envolvência. Então não é que a maioria das pessoas no cinema só se queixava da falta de qualidade da imagem, dos saltos na fita ou até do momento em que o filme fica mesmo a preto e branco? Só para avisar os mais desprevenidos que a intenção era mesmo essa: parodiar os filmes antigos, que marcaram a adolescência de Quarantino, e que ele pretendia agora recuperar em jeito de "homenagem"!
O mais marcante, para mim, ainda foram, sem dúvida, os diálogos entre as personagens. Sempre longos, nunca enfadonhos. Já que a maioria das personagens é mulher, o filme é todo ele pintado de 'conversas de gaja', que parece que não querem levar a lado nenhum mas que todos têm curiosidade em perceber. M-A-R-A-V-I-L-H-A!
Aliás, o próximo tributo vai para as prestações femininas, todas elas muito bem conseguidas. Desde a atrevida, até à ingénua, da inteligente à poderosa, encontra-se de tudo e esse tudo é sempre muito bem feito. E depois o regresso de Kurt Russel, que volta em grande como um serial killer que mata meninas com o seu carro à prova de morte.
Não houve um único momento no filme em que eu pensasse "mas o que é que eu estou aqui a fazer?" Ri-me à gargalhada todo o tempo ao imaginar o gozo que Quarantino deve ter sentido durante todo este processo, que se nota que foi fruto de uma paixão pessoal.
E pronto. Como prometi que não me ia alongar muito não o vou fazer. Espero que todos o possam ver, mas não com os olhos de quem vai ver aquelas historinhas perfeitas e perfeitamente previsíveis. Tudo neste filme é puro entretenimento e pensado ao milímetro. Por isso, mantenham a mente aberta quando o virem. Provavelmente não é para todos, mas vale de facto a pena para aqueles que não têm preconceitos de ver coisas diferentes.
A propósito, viram o episódio deste sábado de CSI Las Vegas?! Foi todo escrito e realizado pelo mestre Quarantino. Eu, que não sou fã deste tipo de séries, não me consegui afastar do ecrã. E foi sem dúvida o melhor episódio que já vi - gostei especialmente do sadismo dos homens que fazem a autópsia e a cara do Nick (acho que é este o seu nome!) ao ver que o estavam a desmembrar mas impávido e sereno, como quem come uma laranja depois do almoço.
E desta é que é mesmo o final.
Poderia ainda falar do Benfica, do salvador Camacho e do ar de gozo que o Fernando Santos deve sentir neste momento... Mas não vale a pena... Fica pra a próxima!
O episódio CSI foi dos melhores que eu vi, mas acho que a parte mais interessante foi ver o autocontrolo do CSI Nick (sim ele chamava-se mesmo Nick ) e como se misturava com a astúcia e inteligência do raptor...
Confesso que o filme deveria ter sido acompanhado por gomas....
Parabéns pelo verificador Ortográfico