Taaaania @ 12:10

Sab, 26/01/08

Vou voltar a falar do hi5, essa bela comunidade! Primeiramente, esta é a melhor das maneiras de trazer pessoas do google cá ao estaminé e enriquecer as minhas estatísticas, que se mantêm maravilhosas. Abrir aqui um parêntesis para explicar aos meus queridíssimos leitores que se mantêm buscas interessantérrimas aqui ao blog como a procura de letras da Ana Malhoa, de tamanhos e formas de pénis, vídeos secretos travestis ou blogs interessantes ou inteligentes! Ah pois é, o google mandou pessoas cá ter porque isto é um blog interessante e inteligente... Pronto, fechar parêntesis.

 

 

 

 

Ontem devo ter perdido uns bons vinte minutos no hi5. É mesmo verdade. Toda a gente sabe (?) que eu não tenho hi5 e que, se há coisa que ainda não me cativou nestas novas tecnologias é este recurso. Não sei muito bem explicar porquê, também isso não vos interessaria para nada. Mas pronto, não vejo nenhuma utilidade. Ou melhor, não via até ontem. Porque ontem a minha vida mudou desde que eu entrei no hi5. 

 

 

 

 

Estava no Msn a falar com uma muito querida amiga que, a dada altura, me manda um link. Era do hi5, e era para eu ver uma outra colega do secundário que já não via e de quem já não ouvia falar há mesmo muuuuuito tempo. Pois que essa amiga (isto está a ficar um bocado enrolado...) também já tinha andado comigo na escola até ao 9º ano, apesar de nunca na mesma turma. O que faz com que tivéssemos alguns amigos comuns. Então vá que eu decido explorar lá o hi5 da dita cuja. E começo realmente a ver muitos, mas muitos amigos de infância. 

 

 

 

 

E é aí que começa a minha depressão. Estão já todos casados. Com a felicidade estampada no rosto. Muitos já com filhos e com empregos bem porreirinhos. Pessoas que, ao contrário de moi-même, não decidiram prosseguir estudos e aproveitaram para entrar no mundo do trabalho naquele tempo em que ainda se conseguiam umas coisas mais ou menos lucrativas. 

 

 

 

 

Foi o suficiente para eu passar a minha vida toda em retrospectiva. E pensar nas decisões que fui tomando ao longo da vida. De muitas delas ainda não me arrependi, apesar de haver dias mais difíceis do que outros. Agora que penso, não é que me tenha arrependido. Mas é incontornável pensar em decisões tomadas em momentos fulcrais da nossa vida. O que teria acontecido se, no final do 12º ano, tivesse aceite o estágio na Câmara de Gaia? Será que agora poderia ser amante do Luís Filipe Menezes e conduzir um Mercedes topo de gama? 

 

 

 

Mas não... Era demasiado boa aluna. Queria percorrer caminho atrás de um sonho. Toca a ir para a faculdade. Onde às vezes penso se não terei desperdiçado cinco anos da minha vida. Não gosto de pensar nisso, não sou nenhuma frustada profissional. Gosto do que faço apesar das condições não serem as ideais. Gosto tanto que desde ontem que estou sem voz de tanto ter explicado aos putos o que são contrast clauses, o final do conto Abyssus Abyssum ou l'expression de la condition

 

 

 

 

Mas às vezes também dói a alma. É difícil tomar decisões definitivas, não é?

 

 

 

 

 



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