Resolvi fazer este post porque, no fundo, sinto que vos devo algo. Àqueles que cá vêm muitas vezes, que não caem aqui de para-quedas. Que vêm porque se habituaram a cá vir e alguns até porque gostavam. E para tirar o foda-se da primeira página, que já parece mal...
A verdade é que o meu mundo, o secreto e o real, se desmoronou. Não me lembro de chorar tanto, de sentir tanta raiva e tanta angústia, de sentir tantos sentimentos contraditórios ao mesmo tempo. De dizer a mim mesma que tenho de ser forte, que tenho de acreditar e de ter coragem para enfrentar a vida. Que tudo vai correr bem. Mas no fundo não o sentir.
Durante muito tempo fui feliz aqui. Todos viram as minhas parvoíces, os pensamentos estúpidos que saíram desta cabecinha, as alegrias que partilhei e as tristezas também. Embora estas tenham sido poucas. Porque, tal como escrevi há uns tempos atrás, não criei o blog para fazer dele um muro de lamentações, para vir para aqui carpir as minhas mágoas ou para chorar sobre o leite derramado. Nunca fui assim. E não é agora que o vou ser.
Por isso vou encerrar a tasca. Não sei se por muito ou pouco tempo, ou se é mesmo definitivo. A verdade é que me sinto a desaparecer aos bocados. Cada dia que passa me vejo mais enterrada nesta tristeza. Perdi a vontade de cá vir e também de espreitar as vossas vidas.
Vi que deixaram comentários, alguns também os deixarão a este post. E sei que me vão dizer que desabafar ajuda, que me faria bem. E eu sei disso. Mas não consigo. Neste momento a minha vida foi outra vez virada do avesso, e isso basta para ter vontade de desistir.
Vejo que as pessoas especiais continuam a cá vir, e por isso quero dizer-lhes que esta vivência foi muito boa, quem sabe uma das melhores da minha vida. Espero ganhar força e coragem para enfrentar a vida. E VOLTAR. E ajudar o meu pai a derrotar uma leucemia que tornou a toldar de negro as nossas vidas.
Quem sabe não voltarei a ser a miúda feliz e de bem com o mundo de outrora?*!
Obrigada por tudo e continuem a ser felizes...