Taaaania @ 10:15

Sex, 25/04/08

É curiosa a forma como toda a gente me diz que estou a reagir muito bem, que nem parece que me aconteceu nada, sem fazerem a mínima ideia do que sinto cá dentro...

 

 

 

 




Taaaania @ 21:21

Qui, 24/04/08

O meu blog atingiu o seu ponto alto quando cá veio parar alguém à procura do Pato Donaltim. A partir de hoje, o céu é o limite...

 

 

 

 

 




Taaaania @ 16:30

Sab, 19/04/08

 

 

 




Taaaania @ 11:54

Dom, 06/04/08

Sinto os dedos a latejar. Já há muito tempo que não abria o meu querido blog, este diário virtual que de facto é lido por muito mais gente do que eu pensava. Percebi há pouco, pela quantidade de mails que tenho recebido, que não estou sozinha e isso faz-me sentir bem.

Muita coisa se alterou neste último mês. Bateram-me no carro, tive o aniversário mais triste da minha existência, desapareceu um dos meus cães, os Editors vieram ao Coliseu e eu não fui vê-los porque a vida é uma m*rda, o FCP já foi campeão e o meu pai morreu.

Nem sei como tive coragem de escrever estas palavras. Ainda não gosto de as dizer em voz alta porque tenho medo que se concretizem. Às vezes gosto de acreditar que, se não as dissesse em voz alta, ele voltará a chegar sorridente ao pé de mim e a perguntar se o Benfica perdeu. Perdi a melhor parte de mim. Aquela que me fazia feliz. Perdi a alegria, o meu lado irónico, a minha paixão pelo futebol, o meu mau feitio, o meu olhar crítico, tudo heranças genéticas que recebi dele.

Chego a casa sempre na esperança de o ver sentado no seu sofá, com o(s) comando(s) na mão e a dizer-me não se cumprimenta?!? sempre mal humorada, sempre de trombas, rais parta a rapariga...

Como tenho levado a vida?! Não sei. Como me levanto todos os dias de manhã?! Também não sei. Como imagino a minha vida sem olhar mais para ele?! Também não sei. Como posso pensar sequer que a minha vida algum dia voltará a ter sentido sem os conselhos dele?! Tenho medo de pensar nisso.

Sei que neste momento me dói muito. Cada canto da casa tem a marca dele. Para onde quer que eu me volte, lá está ele. Sempre a olhar para mim. Não falo de fotografias. Falo de hábitos que me consomem.

Falo de ir à horta e vê-lo sentado no poço a dizer que está a respirar o ar do campo. Falo de ele me fazer o almoço todos os dias e tentar mantê-lo quente a todo o custo mesmo quando já estava há muito tempo preparado. Falo de pequenas coisas que me preenchiam os dias, de pequenas brincadeiras que tínhamos juntos, de olhares cúmplices e palavras reconfortantes.

Por isso voltei a escrever. Porque quando o meu blog foi destacado pelo sapo no ano passado, ele ficou ainda mais feliz do que eu, embora me tenha dito Mas isso dá dinheiro? Ai não? Então que se lixe...

Era assim o meu pai...

E há-de ser sempre. Nunca o hei-de esquecer. Ontem haveria de ter sido um dia bom para ele.

 

 

 


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