Nestes dias faz ainda mais sentido pensar em ti. Não que não pense todos os dias, não que não estejas sempre presente em cada momento, mas agora é ainda mais forte. Penso muito no que está para além. E nestas alturas gostava muito de acreditar nos mediums e nas bruxas e curandeiras e afins que conseguem falar e ver os mortos. Porque assim poderia saber.
Saber se continuas com o teu mau feitio. Se continuas rezingão. Se ainda vês 10 jogos de futebol por semana. Se tens chamado muitos nomes ao Jesualdo. Se o azul continua a ser a tua cor preferida. Se continuas a coçar o bigode quando estás inquieto. Se ainda tens muito frio e esfregas as mãos. Se continuas a beber o teu wisky todas as noites. Se ainda adoras os animais e falas com eles como se fossem pessoas. Se manténs a ideia de nunca mais voltar a votar. Se os teus passeios matinais continuam a ser todos os dias. Se lês os jornais todos os dias de fio a pavio. Se ainda vês filmes de acção. Se ouves os mesmos programas de rádio. Se ainda te recusas a ver a Sic. Se chamas nomes e dizes muitas asneiras em cada frase. Se ainda sou merecedora do teu orgulho infinito. Se ainda "merendas" café e três bolachas todas as tardes. Se continuas a adorar pão com marmelada. Se gostas de fazer palavras cruzadas. Se ainda não percebes o vício do computador e da internet. Se ainda cantarolas músicas surpreendentes. Se continuas metódico e organizado. Se continuas a inventar maneiras maravilhosas de te manteres ocupado. Se te sentas no teu sofá com a lareira a crepitar. Se continuas a jogar à paciência vezes infinitas. Se gostas de jardinar ou já perdeste o vício. Se continuas sem medo de morrer. Se ainda me contrarias só porque sim. Se dormes sempre virado para o lado direito. Se continuo a ser a tua menina de ouro. Se ainda olhas para mim. Se ainda olhas por mim.
Eu: Então qual é o plural de pão?
Aluno muito fofo (8º ano) mas ao mesmo tempo muito burrinho: pãos.
Eu: Não, H. Pensa lá melhor.
Aluno muito fofo (8º ano) mas ao mesmo tempo muito burrinho: não se manifesta.
Eu: Olha, aposto que até ali o V. que é do 2º ano sabe isso. Queres ver?!?!?
Eu: Então V., qual é o plural de pão?
V: Moletes.
juro que é verdade. e juro que é disto e de muito pior do que isto que se preenchem os meus dias.
Por ser demasiado viciante para se largar... Acabaram de ser eliminados dos prémios EMA, mas ficaram entre os sete semi-finalistas, ultrapassaram mesmo os Klaxons, que toda a gente dizia que ia ganhar. Bem, eu votei umas duzentas vezes, parece que não foi suficiente para colocar a Buraka no mundo :(
A capa deste disco é linda! E o conteúdo não desilude. Continuam iguais a si próprios!
O Jesu parece que os tem no sítio e encostou o Helton. Parece que não foi preciso a ruptura de ligamentos. Mas a Tânia bate palmas.
Uma boa patroa é aquela que nos paga adiantado e que, ainda por cima, todas as semanas nos dá dinheiro a mais, não porque se enganou mas antes porque acha que nós merecemos uma recompensa pelo trabalho efectuado.
Fofa, não é?!
Se há coisa que eu gostava mesmo era de fazer uma série de cursos. Aprender a tocar guitarra. Seria o primeiro. Esta minha vontade de dar asas ao sonho de compor tem crescido sem que eu vos consiga explicar. Tanta coisa que tenho enfiada cá dentro e que queria que saísse daquela maneira especial. Este não sei se o farei. Mas hei-de comprar brevemente uma guitarra. E no mínimo tornar-me-ei auto-didacta. E depois dos acordes, é dar forma ao sonho.
Um de escrita criativa. Desenferrujar esta veia que me corre aqui do lado esquerdo. Talvez cómica. Ou então não. Escrever pelo prazer de o fazer, para pesquisar palavras difíceis e vocabulário erudito, para me embrenhar em folhas de papel, com a caneta atrás da orelha como se todo o mundo dependesse daquela frase perfeita.
Tirar um curso de fotografia. Mas um curso a sério. Com profissionais, para aprender mesmo, para descobrir perspectivas e luzes, e contextos, e captar aquelas coisas maravilhosas que muitas vezes nos escapam. Mas para isso precisava de ter uma boa máquina. Coisa que não tenho. Nem boa nem má... :p
Este é o site de um amigo muito querido. Passem por lá, pode ser que gostem. Ele tem quelque chose. Algumas são mesmo muito boas. E ele vende-as. Por isso invistam :) E não digam que vão daqui, que ele não sabe que eu tenho um blog :)
pensamento do dia: por que razão todos os meus sonhos exigem dinheiro que eu não tenho?! Pois não sei mas é uma boa pergunta.
De vez em quando, como quem não quer a coisa, vêm aquelas pragas musicais maravilhosas que teimam em ficar. Uma pessoa, de início, até se deixa levar, mas depois, quando nos apercebemos, é tarde demais e são as pragas que dominam, até já não podermos mais e termos vontade de espetar uma faca nas veias para acabar com tanto sofrimento.
Senão vejamos. Há uns anos foi a música Jardins Proibidos. Era ver quantas vezes aquela merda do "quando amanheces..." ressoou nas nossas cabeças...
João Pedro Pais. Nem digo nada. Medo.
Depois veio o André Sardet, que agora, felizmente, anda um bocado calado.
Há uns tempos era o Jorge Palma, que já canta há 200 anos mas só agora conseguiu fazer uma canção comercial para encantar as tias de Cascais, os betos e os românticos de todo o país. E quando a coisa parecia estar a amainar, eis que a merda do Millenium vai buscar outra vez a porcaria da música e agora até se oferece um CD se te endividares até aos cornos com um empréstimo de 150 000 euros durante 70 anos.
Também já passou a fase Vanessa da Mata / Ben Harper, de quem sou fãzinha dos dois, mas de forma isolada, que a boa sorte da música já enjoa mais do que sei lá bem o quê...
Agora é a fase da Brandie Carlile. Ai que música bonita. Outra que tal. Que se põe aos gritos como se não houvesse amanhã a meio da música, e para aqueles que não estavam a contar, podiam apanhar o susto da vida deles e bater a bota. Tudo o que é anúncio ou produção comovente ou coisa que o valha (desde que meta câmara lenta para supostamente apelar aos corações mais empedernidos) lá está a desgraçada em altos berros. E eu, que até já ouvi o CD dela, não a vejo berrar em mais nenhuma. Até nem é muito mau. Mas lá está. Não a posso ouvir.
eu ando um bocado amarga. É verdade sim senhora...
Não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa, não posso ser invejosa...
A minha família é a maior. Quando achamos que mais nada mau pode acontecer, lá cai outra bomba. Ainda há aquelas que não podemos controlar. Mas depois vêm estas. Que destroem muito do que vai à volta.
Senão vejamos: como é que se consola uma tia de quarenta e tal anos que ficou a saber que o filho de vinte engravidou uma miúda? Que não têm trabalho, que a chavala até vive sozinha num quarto porque os pais são de uma terreola qualquer longe do mundo civilizado? Que está na boa, como se nada fosse. Que ainda não deve ter percebido bem que daqui por poucos meses tem a maior das responsabilidades do mundo a seu cargo e que parece que nem está para aí virado. Como disse, parece que é só uma gravidez.
E a catraia está muito feliz, palavras dela. Parece que engravidou à rebelia do namorado e só lhe disse já passados três meses. Porque ele é o homem da vida dela e não o quer perder, mesmo que ele não esteja tão apaixonado como ela. Mas também disse logo muito rapidamente que nunca faria um aborto porque a mãe é muito católica e nunca iria fazer uma coisa dessas. Será que ela nem sequer consegue imaginar o que a espera?! O futuro brilhante que tem pela frente?! Nem dela sabe tomar conta, quanto mais de uma criança... Eu não sabia que o mundo estava assim tão... Pronto, vá, pelo menos só desconfiava...
Bem, é o que eu vos digo. Este ano tem sido profícuo em acontecimentos bons na minha vida. E a minha família é mesmo fixe e a vossa não...
Em resposta ao Bad Dream, esse fofo, cá vai um pedacinho de uma música nova dos Keane, assim em jeito de desafio, para ver se ele chega facilmente à minha preferida e que acaba por retratar um pouquito da minha personalidade, eu reconheço. Então não é que eu sou daquelas gajas que moving com muito mas muito speed, que isto comigo nunca se sabe para que lado está a lua e se eu agora estou muito feliz daqui a cinco minutos já estou com aquelas trombas que só eu sei fazer, e depois vem a carinha de bambi, e depois a da má da fita ou a da desconfiada...and so on, and so on...
" moving at the speed of life
Reflecting in each others' eyes
But I'm moving with such irresistible speed..."
Não posso pôr o verso seguinte, senão chegas lá demasiado depressa. Não que não vás chegar na mesma. Mas pronto. Tinha graça que aquele teu amigo pudesse falar comigo sobre estas coisas. Mas ele é só giro. Não percebe nada de música. Nem bater palminhas sabe, o descoordenado...
Não sei porquê, mas sei lá. Acho que ele não vai gostar muito disto. Ai não não...
Hoje, só por ser Outono, vou chamar-te "meu amor"
Contra as regras do que somos, vou chamar-te "meu amor"
Hoje só por ser diferente te encontrar
É tanto o fado contra nós
Mas nem por isso estamos sós
E embora fique tanto por contar
Hoje, só por ser Outono, vou...
Entre dentes, entre a fuga, vou chamar-te "meu amor"
Enquanto não se encontra forma, vou chamar-te "meu amor"
Entre gente que é demais e tão pequena para saber
Que é tanto vento a favor
Mas tão pouco o espaço para a dor
Só pode ficar tudo por contar...
Hoje, só por ser Outono, vou...
E há flores e há cores e há folhas no chão
que podem não voltar...
podes não voltar.
Mas é eterno em nós
e não vai sair...
Desce o tempo e a noite vem lembrar que as tuas mãos também
já não são de nós para ficar
Por ser tanto quanto somos
Certo quando vemos
Calmo quando queremos
Hoje, só por ser Outono, vou...
depois de ontem ter ouvido um "meu amor" que me derreteu...
O Prémio Nobel da Literatura foi ontem entregue a um escritor francês - Le Clézio. Nada que me levasse a escrever um post sobre ele mas este querido foi responsável pelo meu único chumbo na faculdade. O livrinho responsável é este, se bem que acho que a capa da minha edição não era esta:
Pois que tive de fazer oral sobre esta coisa. Pois que tive um 7. Porque este é um livro de contos, e na oral calhou-me o conto que eu não tinha realmente mesmo percebido. Era o Moloch. Só me lembro que falava sobre um cão. E que inventei muito. E estive muito tempo calada enquanto a prof me fazia uma cara do género anda lá, rapariga que eu quero que passe a isto. (ela até gostava de mim, devo confessar!)
Mas não adiantou. Não saiu nada. E tive de ir a exame e de novo a oral em Setembro. Depois saiu-me um outro conto: La Ronde e correu muito bem, na altura até tive a melhor nota de todos os que foram a oral naquele dia.
Mas este senhor fez-me sofrer. E por isso nunca mais li nada sobre ele. Muito menos em francês que eu sou rapariga de ficar facilmente traumatizada. Mas leiam, leiam e depois avisem se perceberem o que raio falava o Moloch, que era um cão grande. Acho que já tinha dito esta parte.