Depois de ontem ter visto no Dragão o pedido mais lamechas e parvo de casamento do mundo, decidi que também quero que o meu seja igual. Não fosse o Amor a maior lamechice do mundo. Ó pá, é que foi mesmo lamechas, ficava logo abençoada pelo Papa e tudo sem ir a Roma. Mas não me importava nada de posar para a foto para mostrar o anel com o mesmo sorriso daquela moçoila.
Não sei por que razão as pessoas continuam a tentar contactar-me por telemóvel quando sabem perfeitamente que eu não o uso e até me esqueço que o tenho. Depois queixam-se que eu nunca as atendo...Pfffff
Hoje fui atendida pelo Miguel numa pastelaria, Miguel esse que andou comigo na escola, apesar de não ser da minha turma. Miguel esse que já naquela altura se revelava algo diferente dos outros rapazes porque não passava os intervalos a correr atrás de uma bola ou das raparigas para nos apalpar. Não. O Miguel não era assim. E tudo se compreende agora. Que fui atendida pelo Miguel numa pastelaria. Miguel esse que tem uma pochette e tinha as unhas envernizadas com verniz transparente.
Acho que não conheço nenhum Bruno pessoalmente mas tenho 10 Brunos na minha lista de contactos.
Parce que a #$%"&$$&$#& da Brandie vai estar em Lisboa a apodrecer o brilho dos Killers. Só espero que não me doam muito os ouvidos. E que não sofra demasiado. Oh God, era a única coisa que eu não queria mesmo ver / ouvir... Isso e os Xutos. Mas mal por mal, teriam sido melhor os Xutos. Ai ca nervos...
Ontem, uma sala cheia de putos. Mas mesmo cheia. E eu caio da cadeira abaixo. Risada geral, obviamente.
Hoje. Nova sala cheia de putos. Outros putos. Digamos que fiquei a dois centímetros de me voltar a estatelar no chão. Terei de repetir que foi outra vez risada geral? (e ainda o dia vai a meio)
Ai que prazer
Ter um livro para ler
(e uns dossiers para arrumar
e coisas para organizar
e fichas para preparar
e papéis para estudar
e matérias para memorizar
e tanta mas tanta coisa que perceber)
e não o fazer
adaptação de um poema do senhor Pessoa modestamente alterado pela minha preenchida cabeça de preguiçosa crónica
Passar por uma pessoa que já nos disse tanto e ela fazer de conta que nem nos conhece é muito mau. Foi muito mau.
Passar por uma pessoa que foi ainda mais importante e ela não nos reconhecer é ainda pior. E a falta de coragem de dizer um olá, sou eu, lembras-te de mim? isso sim, foi mesmo parvoíce minha.
Mas foi bom ver-te. Se tanta gente me encontrou através do blog, pode ser que também me leias. E me reconheças. Agora sim.