Ao filho da puta (ou melhor, deve ter sido mesmo uma puta, que aquilo é trabalhinho de mulher) que ontem me bateu no carro e se deve ter ido embora a assobiar para o lado, só espero que a praga de piolhos, carraças e chatos seja tão grave que seja obrigado a rapar todos os pelinhos do corpo, nem que sejam os dos braços.
Já não tenho paciência para ler blogues com posts muito grandes. E tenho ainda menos paciência para escrever posts com mais de 3 linhas.
Magnífico. Sem finais esperados ou trabalhados para agradarem ao espectador, uma história cativante do princípio ao fim. A ver para aqueles que gostam de música, grandes actores e histórias sensíveis.
não queria que nenhum gajo bonito me visse. Estou com umas calças verdes, umas meias lilases, uma camisola azul e amarela e um casaco cor de laranja por cima. Ainda bem que daqui vou direitinha para a cama, que estou tão cansada que nem me apetece falar. Coisa rara, diga-se. Tenho andado afastada porque estive sem computador (mais uma formatação de disco, oh God!) mas espero estar de volta.
Quando tenho uma conversa séria com alguém, daquelas que começam sempre em tom solene e que normalmente não têm um final agradável, nunca me consigo conter. Quando são planeadas, digo sempre a mim mesma vê lá se te seguras e não deitas pela boca fora realmente tudo em que estás a pensar. Por norma, é sempre tarde demais. No fim dessas conversas o habitual é eu pensar se calhar não deveria ter ido tão longe.
É o que dá pensar que posso sempre dizer e fazer o que quero porque os outros têm a obrigação de me aceitar como eu sou. Ai feitiozinho!
Há muito boa gente, assim mais antiga (que são as melhores pessoas do mundo, as mais sábias, as mais sensatas e as mais bonitas), que diz que as eleições autárquicas são ainda mais importantes do que as legislativas, sobretudo se não vivemos nas grandes cidades. Porque nas vilas e aldeias do nosso Portugal não interessa o valor do défice ou do PIB. Nós queremos é saber se as valetas da nossa rua estão limpas, se o Posto de Saúde tem médicos suficientes para todos ou se a água da fonte da minha rua (atenção que isto não é para todos, mesmo nas aldeias!) está em condições de ser bebida.
Eu vivo numa destas vilas e numa destas ruas. Têm-nos entupido com muitas coisas bem bonitas: ele é hotéis, ele é passeios pedonais e até me quiseram impingir uma praia fluvial (sim, que o nosso rio é maravilhoso para nos banharmos lá!). Para quem exige novidades e criatividade aos governantes, não os podemos censurar. Ideias sobram. Mas coisinhas boas, daquelas terrenas e que sabemos estarem ao nível das possibilidades de uma junta como a minha, vejo pouco.
Finalmente uma mulher que se candidata, com menos de 30 anos. E nós mulheres gostamos disto. Gostamos de ver uma de nós num lugar de destaque, não sermos sempre lideradas por homens é positivo. A juventude não é toda rasca, nem pensar nisso e há pessoal cheio de vontade de se dar aos outros. Pois que a nossa candidata do PS não tem sido bem instruída pelo senhor engenheiro. Porque à minha rua ainda não chegou o programa. E eu até tinha vontade de saber se ela tem ideias criativas. Se para além de um hotel, a minha terra vai passar a ter um shopping ou um TGV. E ela até tem uns cartazes bem porreiros, a criticar a falta de obra em certos pontos da freguesia. Eu deveria relembrá-la que seria de bom tom apresentar propostas nesses mesmos locais. Senão não poderei votar em si, como é óbvio. Nem sequer sei se o viaduto que vai ligar a minha freguesia aqui à do lado vai afectar o meu quintal ou não.
Já para a câmara estamos mais evoluídos. Pois que o candidato do PS (não o próprio, como é óbvio!) até faz campanha por telefone, para mim facto inédito. Mas eu lá fui respondendo ao inquérito, porque o meu jovem interlocutor tinha uma bela voz e eu sou incapaz de negar um pedido a uma coisinha fofa dessas.
A última dúvida existencial, com que tenho atormentado a minha família (leia-se a minha mãe) é: Mas por que raio é que eu nunca sou convidada para nenhuma lista?! Está mal, caraças, está mal. Eu até sou fotogénica pá...
Desta vez não houve oferta que a crise está apertada. Mas acabei de o comprar. Fã que é fã perde o amor a 50 euros num instante.
Há alturas na vida em que parece que andamos exultantes. É ver-nos rir como uns desgraçados, sem razão aparente, por tudo e por nada. Normalmente também é nestas alturas que parece que as coisas boas surgem todas. É aquilo a que se chama um fartote. A felicidade é tanta que quase desconfiamos. Não há mal que nos possa afectar porque nessas alturas parece que desconhecemos esse conceito. Mas não há bem que sempre dure. E mesmo quando não deveria haver razão alguma para que o mal tivesse razão de existir, ele vem. E quando percebemos, já está entranhado. E vai-nos amarrando e deixando cada vez mais sozinhos. Parece que ninguém nos compreende. A verdade é que realmente ninguém nos compreende. Nem nós mesmos. Quando surge a fatal pergunta do porque é que estás assim não sabemos responder. Apenas sentimos aquela tristeza da solidão e da não compreensão. Ver todos à nossa volta felizes e realizados também não é uma ajuda particularmente simpática. Claro que é egoísmo. Olha cada um de nós ter uma varinha de condão para realizar desejos impossíveis e para colocar sorrisos ou lágrimas nos rostos dos que nos rodeiam... Era o que mais haveria de faltar. Depois dizem-nos o não estás bem, muda-te. E nós até mudávamos. Se pudéssemos. Se não fôssemos eternos insatisfeitos. Se soubéssemos mandar no nosso coração e calá-lo quando ele geme baixinho. Ou fazê-lo explodir de felicidade quando esses dias chegam.
E lá vai correndo a vida. E nós a deixarmos fugir dias que poderiam ser de felicidade e deixá-los cair na triste rua do esquecimento.
Bastou aparecer uma equipa um pouquinho acima da União de Leiria para o Benfica se espalhar ao comprido. É que nem Jesus salva algo sem salvação. Pffffffffffffff
A única coisa boa que o Benfica oferece ao mundo é esta capacidade maravilhosa de fazer trocadilhos com o nome do seu treinador. Ou então de gozar com o cabelo dele.