para pessoas que levam tudo a sério. Nem para aquelas que não levam nada a sério.
Eu deveria estar preocupada em fazer uma dieta, afinal daqui por mais coisa menos coisa tenho de parecer uma noiva fantástica. Mas não, é ver-me a enfardar amêndoas como se não houvesse amanhã. Eu sou uma tristeza de gaja...
Esta coisa de se ter famílias grandes é uma porcaria. Vá, pronto, no sentido em que queria ter um casamento de 100 pessoas mas a tarefa se ter tornado praticamente impossível. E depois há pessoas que eu gostaria muito de convidar e não posso porque eu sou uma mulher pobre e arranjei um noivo tão ou mais pobre do que eu. E porque já é muita gente. E porque eu quero curtir muito todos os meus convidados. Para além disso, no meu caso particular, ainda há algumas pessoas que têm de ser convidadas porque sim. Porque não posso convidar dois irmãos e deixar os outros três de fora. E depois vêem as namoradas e namorados dos primos que nem sequer conhcemos mas que nem me atrevo a dizer aos cachopos que não as podem levar. As mães fuzilavam-me com o olhar. E depois há os amigos. Os verdadeiros vão todos, evidente. Mas depois há aquelas pessoas que são mais do que colegas mas que não chegam à categoria de amigos delectos. E portanto têm de ficar de fora. E às vezes dói. A menos que as 22 pessoas que eu convidei no estrangeiro se recusem a vir. E a verdade é que apenas duas me confirmaram a não presença. E eu precisava muito de saber respostas rapidamente. Mas sei que só antes uma semana é que elas se vão dignar a responder ao meu apelo. Isto de ser noiva é muito difícil.
E depois é esta cena dos convites. É que já quase toda a gente sabe que vou casar. E eu escusava de gastar o meu precioso dinheiro e sobretudo o tempo e a paciência nisto. Eu quero ir para as ilhas gregas com o meu marido. Mas não. A menina quer ter convites personalizados. A menina lixa-se. Ele nem se digna a ajudar. Com aquelas mãozinhas eram menino para me destruir tudo em pouco tempo. A mãe ajuda com o olhar: que bonito, tens muito jeito, continua que vais longe. E a menina tem que correr. Porque este fim de semana tem de aproveitar a beleza da Páscoa para enviar logo uma catrefada de seguida e não perder tempo a andar de uma casa para a outra de sorrisinho na boca.
E depois vou precisar da vossa ajuda. Por enquanto não que as pessoas ainda não sabem o tema do casamento. Mas espero mesmo pela vosssa ajuda. Senão estou feita. Mas sobre isto falamos depois. Agora vou ali fazer mais meia dúzia de convites, sim?
Enquanto ele anda no futebol e no hóquei e no diabo a quatro, eu estou aqui a fazer convites de casamento.
mas parece que foram dois mil. Não tem sido mais fácil, não esqueci, não segui em frente, não ultrapassei, não perdoei. A vida tem de continuar. Mesmo que eu quisesse parar o relógio do tempo, não conseguiria. Mas isso nunca fez, infelizmente, desaparecer A DOR. E a perda. Que agora, que deveria ser a altura mais feliz da minha vida, ainda se faz mais notar. Porque sem ti nunca poderei ser a mais feliz.
Se houvesse um curso de sensualidade, aquelas coisas maravilhosas que algumas gajas com pinta que eu não tenho fazem, eu tirava um, a sério. Sou bruta como ninguém.
Estive quase para ir ver o David Fonseca na semana passada em Oliveira de Azeméis. Já tinha dito que andava zangada com ele e que o seu último álbum não me tinha agradado assim tanto. Mas finalmente decidi-me a ouvir com mais atenção e agora adoro. Foi daqueles amores à 2ª audição. Ou à 3ª ou 4ª, vá!
Ainda por cima ele disse que o público foi o melhor da sua vida e que sempre que, a partir de agora, organizar uma tour, vai incluir Oliveira no mapa.
E eu penso que às vezes sou muito, muito parva.
Às vezes tenho medo que as pessoas com quem não falo tão frequentemente ou que não vejo há algum tempo pensem que eu me esqueci delas ou que já não simbolizam nada para mim. Eu sou por norma uma pessoa desligada dos outros, não por me esquecer, não por já não querer saber, é mesmo desleixo puro. Mas espero que cada um de vós saiba que de certa forma está sempre presente no meu dia.
Há dias recebi um comentário para me juntar ao grupo que quer mandar o Diogo Beja lá para a terrinha dele, onde ele costumava pastar, e trazer de volta o bom gosto musical e as piadas secas do Luís Oliveira. Eu não tenho Facebook mas faço aqui a minha humilde participação, já que estou mais do que de acordo.
E já agora criava já um outro grupo para "obrigar" o meu querido Menphis e o Zé Luís a reanimarem do coma a Bancada. Ó pá, nem sei o que diga. O meu mundo secreto está triste.
Menphis, eu percebo. Mas era uma rotina da qual ainda não me desabituei.
É um grande filme. O Tom Ford, para primeira vez, saiu-se muito bem. Fala-nos das ironias da vida, daqueles sofrimentos que às vezes infligimos a nós próprios, da dor insuportável de ver perder alguém que se ama de verdade e não conseguir levar a vida adiante. Tem uma banda sonora à altura e aquele final mata qualquer um. Não chorei porque ando insensível, senão tinha chorado. Para além disso, a performance do meu beloved Colin Firth é qualquer coisa de poderoso. Vá, mulherio, se ainda não estão perfeitamente convencidas, babem. Este espanhol só aparece cinco minutos mas duvido que qualquer mulher naquela sala tenha respirado durante esse tempo. Que guapo, chico!
Pela blogosfera só correm as imagens dos vestidos (diga-se de passagem hediondos: são magras e têm costureiros dispostos a criar para elas e não têm vergonha de se apresentar naqueles preparos?). Mas eu, que acordei à 1h da manhã e só voltei a deitar a cabecita às 5h e às 6h a merda do despertador já estava a tocar, posso realmente dizer-vos que a imagem que me fica de ontem é a do Macauly Culkin (provavelmente não se escreve assim mas estou com preguiça de ir googlar), que se apresentou numa homenagem ao realizador do Sozinho em Casa com extremas semelhanças ao Michael Jackson, mas em louro. ME-DO!
... ou seja, vou ali dormir umas horinhas para à 1h acordar bela e fresca!
E também não consigo perceber como um dos filmes mais entusiasmantes dos últimos tempos, que nos obriga a rever mentalmente todos os pormenores do filme a partir do início, com um Leonardo que é um pãozinho sem sal de homem mas que é cada vez mais um actor de excelência, com um Scorsese apurado, pode esta pérola passar totalmente ao lado dos óscares. Tal como aconteceu com o meu amadíssimo Gran Torino. Pelo contrário espetam lá a porcaria do Avatar e do Distrito 9, que podem ser tecnologicamente avançadíssimos, mas que eu saiba a essência do cinema não é ver câmras xpto e animações 3-D. É deixar-nos de boca aberta, a pensar no que vimos, a sofrer, a rir ou a chorar com as personagens, não a ver se temos muitos efeitos especiais. Shutter Island é um prodígio.
Algo vai mal no reino da Dinamarca.
Este tem mesmo de ser aproveitado. É o último "dos vintes" e o último de solteira.
God, I'm depressed :)