Eu sou uma seta. Porque magoo. E não penso no que digo. E sou veloz. Difícil de acompanhar. E apaixonei-me pelo vento. Que nunca se deixa apanhar. Que vive só. Que se apaixonou pela seta porque se queria fazer acompanhar pela coisa concreta. Porque queria fazer com ela a volta completa. Mas a seta estava farta de dispersão. E voou de novo. Deixou solidão. E o vento voou. Para alcançar a sua seta. E voltou a encontrá-la. E a seta deixou-se apanhar pelo vento. É assim que nascem os amores improváveis. E mesmo os impossíveis.
A seta sabe que o vento há-de sempre ter o seu encanto.
P.S.apareço no anonimato porque me apetece, sabes quem sou e para onde vou...Vou ao teu encontro, à tua descoberta e à tua procura...Para mim é sempre uma aventura...