O casamento foi no sábado. Tudo muito lindo. Noivos lindos e muito simpáticos. Tâniasinha extremamente bem vestida e sempre modesta para não fugir à regra. Cabelo bonito. Finalmente fui com um penteado de jeito a este género de ocasiões. Muitos motivos para ser invejosa. Primeiro, a quinta tinha 30 000 m2. Meu Deus. A cerimónia foi linda. Nada de muito espalhafatoso, tudo tão bem pensado que até doía. No coro, apenas um piano, um violino e uma cantora lírica. Arrepiava-me de cada vez que eles começavam aquele mini-concerto de Mozart, Bach e Schubbert. Que delícia. Os camarões já estavam descascados e quentes. Maravilha. Ficamos numa mesa bem divertida, deu para rir e para rir. A música foi sempre de altíssimo nível. Deu mesmo para tocar Jeff Buckley e tudo. Lua de mel em Nova Iorque e na Riviera Maia. Quinze dias. Que se pode pedir mais? Não tenho lá eu motivos para já não ter unhas de tanto me roer por dentro?
Ah pois, um primo do meu rapaz dizer-lhe que não arranjará uma noiva mais bonita do que eu e, portanto, não vale a pena continuar o inevitável.
Eu cá continuo na mesma. Como a lesma. À espera. tchiiiiiiiiiiiii. Pronto, eu não quero casar. Mas toda a gente próxima está a casar. E isso dá que pensar de vez em quando. Mas eu não vou casar. Por enquanto, pelo menos.