Vou começar a sofrer como as mulheres benfiquistas sofriam antigamente. O benfica perdia e elas levavam no corpo. As trombas já estão prontas, a agressividade também, o silêncio aterrador nem se fala... Vítor Pereira and company, se forem responsáveis pelo fim do meu casório, eu escrevo carta de reclamação, pá!
A ver na Sic Radical um programa com os melhores momentos do Rock in Rio do Rio, percebi perfeita e claramente que já não se fazem bandas, e muito menos músicas, como antigamente.
Ser pequeno não é fácil. Digo eu que sou grande. Mas estava a falar mesmo de futebol.
O meu Feirense subiu à primeira esta temporada. Depois de 20 e tal anos sem o conseguir fazer.
Neste início, nem estádio temos. Temos nós, adeptos convictos, de nos deslocar a Aveiro, num estádio demasiado grande para um clube com poucos adeptos, onde os cânticos da claque se perdem nos ecos de um estádio vazio.
Ontem, apesar de jogarmos em casa, na tal de Aveiro, a verdade é que deveriam estar quinze ou vinte mil adeptos de uns convictos sportinguistas, todos empolgados por 9 vitórias consecutivas.
Para ajudar à festa, o árbitro decidiu expulsar o nosso central e ver um pénalti muito discutível logo de seguida. E a verdade é que, ser de um clube pequeno também é isto. É ter consciência que nunca um árbitro decide a nosso favor. E eu também sou do FCP, um dos grandes. E é por isso que tenho o discernimento de ver a dualidade de critérios entre as decisões tomadas a favor de um clube pequeno ou de um dos grandes.
A verdade é que os 20 miúdos da claque e as poucas centenas de azuis que se encontravam naquele mar verde viram de novo roubar-nos a esperança de conseguir um bom resultado, tal como havia acontecido anteriormente, nomeadamente com os outros dois grandes. E isto deita abaixo qualquer um.
Mas vá, resta-nos a esperança de, apesar de os resultados não estarem a surgir, já tivemos de passar pelos 3 grandes e o Braga fora. E o martírio da deslocação a Aveiro também. Ontem, para lá, mais de dois quilómetros de fila. Para vir embora, mais de uma hora para sair do estacionamento. É inconcebível.
Para a semana há mais; na expectativa de que melhores ventos virão. Virão não, outono (só uma piadita seca roubada aos gatos que isto estava a ficar demasiado sério)
Eu prometi a mim mesma que não ia deixar morer aqui o estaminé. Está meio morto, eu bem sei, mas nunca é tarde para o recuperar. A verdade é que, depois de esta noite ter dormido mais uma hora, fez-me compensar e deu-me vontade de retomar aqui a escrita. Outra das coisas a fazer: não esquecer que o facebook pode ser mais imediato mas um blogue é um blogue. E este já me fez bem feliz. E, como eu dizia mais abaixo, devemos sempre voltar aos sítios que nos fizeram felizes. Agora para retomar a sério.
Então, tanta coisa passou: já fizemos um ano de casados, basicamente todas as minhas amigas ou primas estão grávidas e o nosso Lucas está cada vez mais bonito (o gato, não o filho). E esta coisa maravilhosa que é toda a gente agora nos perguntar então e bebés? quando uma pessoa está mortinha de vontade de avançar mas as circuntâncias da vida nos fazem pensar demasiado no que estará para vir?! Petáculo, não é? Oh, que me podia sair o Euromilhões pá!
Adiante.
E o temporal?
E o discurso do Villas-Boas?
E os cromos da Casa dos Degredos?
E a crise?
E o Feirense logo a dar na boca do esportin?
A vida é fantástica!
Devemos sempre voltar aos sítios onde já fomos felizes. Hoje é o dia.
Esta canalhada de hoje em dia é marada da cabeça. Andam mais de três meses a gozar com a minha cara, ai que já somos tão adultos e rebeldes que não precisamos de fazer nada nas aulas, vamos mas é dizer palavrões e chatear-lhe a mona que ela aguenta para, na última semana de aulas, soltarem umas lágrimas enquanto pedem um 10 com olhinhos de carneiro mal morto. Pró c?=/&%$=inho com eles, pá!
Se eu tivesse muito dinheiro, gostava de abrir uma livraria / papelaria, com um barzinho lá dentro onde o people pudesse ler à medida que ia bebendo a sua meia de leite ou comendo a sua torrada em pão rústico.
Ou então queria ter um quiosque.
E toda a gente me goza. Que sonho tão mediocre para quem teria milhões de euros. E quÊ? Era mesmo o que eu queria.
3 anos depois, muita coisa mudou, a vida deu muitas voltas mas o vazio ainda não desapareceu. Sempre, sempre comigo.
Por mais golos que o raio do Guarín marque, a mim continua a não me convencer. É que eu nem o posso ver à frente. É o meu ódio de estimação, definitivamente.
Andou uma semana a chorar porque não havia bilhetes para ir ver o hóquei no Dragão Caixa; passou o tempo de volta do facebook para ver se conseguia o raio de um bilhete para ir ver o jogo sem sucesso; passou o tempo todo a chorar; deixou de ver o Gulpilhares porque tu não percebes, este é o jogo mais importante de sempre; levou-me a lanchar a correr e veio a correr para não perder a entrada do benfica que queria cantar e mais não sei quê; agora está aqui aos palavrões e aos gritos frente ao raio da televisão a falar sozinho. Enfim, depois eu é que não percebo.
Devo dizer-vos que ter um blog é do catano. O swatch lá de baixo já cá canta, da mãe. Ele ainda não se chegou à frente com o(s) presente(s) maravilhoso(s) que tem obrigação de ter comprado para mim. Ah. Ah.
Hoje é dia de mariscada, e sorrisos e beijinhos. As crianças já me cantaram os parabéns logo na primeira aula da manhã, um atreveu-se a dar-me trinta e cinco anos (WTF que eu sou uma teen fantástica, caraças!) mas ainda custa ser trintona. Por isso menti. Porque é isso que a mulherada faz. E disse que fazia vinte e nove. Pois claro. E depois eles disseram é tão novinha e eu fiquei muito feliz e isso é que interesa mesmo que vocês achem agora que eu não deveria mentir às crianças era o que havia de faltar eu agora confessar que já entrei na casa dos trinta.
Durante todo o dia vou ouvir muita coisa mas, claro, convém sempre ver os telejornais e relembrar que foi também neste dia que a ponte caiu e que o Rui Pedro desapareceu. Três tragédias com consequências profundas para o país, portanto.