Taaaania @ 14:24

Qui, 07/04/11

Esta canalhada de hoje em dia é marada da cabeça. Andam mais de três meses a gozar com a minha cara, ai que já somos tão adultos e rebeldes que não precisamos de fazer nada nas aulas, vamos mas é dizer palavrões e chatear-lhe a mona que ela aguenta para, na última semana de aulas, soltarem umas lágrimas enquanto pedem um 10 com olhinhos de carneiro mal morto. Pró c?=/&%$=inho com eles, pá!




Taaaania @ 12:41

Ter, 12/05/09

Ontem, uma sala cheia de putos. Mas mesmo cheia. E eu caio da cadeira abaixo. Risada geral, obviamente.

Hoje. Nova sala cheia de putos. Outros putos. Digamos que fiquei a dois centímetros de me voltar a estatelar no chão. Terei de repetir que foi outra vez risada geral? (e ainda o dia vai a meio)

 

 




Taaaania @ 21:56

Ter, 03/02/09

Aluno fofo mas muito burrinho parte 222 escreve: ...in my day day...

Eu: Ó aluno fofo mas muito burrinho, enganaste-te! Escreveste duas vezes day.

Aluno fofo mas muito burrinho parte 222: Não, é mesmo assim.

Eu: Mas então o que é que querias dizer aqui?

Aluno fofo mas muito burrinho parte 222: No meu dia a dia...

 

Eu podia compilar um livro e ficar rica para ganhar um bilhete para ir ver o FCP a chacinar o Benfica. Falar nisso, aceitam-se bilhetes para o FCP. Muita agradecida, boa noite e obrigada.

 




Taaaania @ 22:31

Seg, 27/10/08

Eu: Então qual é o plural de pão?

Aluno muito fofo (8º ano) mas ao mesmo tempo muito burrinho: pãos.

Eu: Não, H. Pensa lá melhor.

Aluno muito fofo (8º ano) mas ao mesmo tempo muito burrinho: não se manifesta.

Eu: Olha, aposto que até ali o V. que é do 2º ano sabe isso. Queres ver?!?!?

Eu: Então V., qual é o plural de pão?

V: Moletes.

 

 

 juro que é verdade. e juro que é disto e de muito pior do que isto que se preenchem os meus dias.

 

 

 

 




Taaaania @ 21:45

Seg, 02/06/08

Hoje foi o meu primeiro dia com o A., que é um ciganito com quem não estou porque ele é da primária, e eu não tenho paciência para ensinar putos tão putos, mas lá tive de fazer o favor de hoje ter aguentado o Centro sozinha, mas a vida é bela trálálá...

 

Pronto, mas valeu tudo a pena por isto:

 

 

 

Ele: Sabes o que é um cigano?

 

Eu: Sei!

 

Ele: Então diz lá o que é

 

Eu: (depois de 10 segundos de pausa, e de ter pensado merda, como é que eu explico a um cigano o que é um cigano sem ofender o catraio...) Então... Um cigano é o ... QUARESMA!

 

Ele: É mais ou menos. Um cigano é o que eu sou.

 

Eu: Pois...

 

 

nova pausa entre nós...

 

 

 

Ele: E sabes que eu tenho pais ricos...

 

 

 

 




Taaaania @ 21:58

Seg, 11/02/08

Hoje decidi-me finalmente. É mesmo porque é uma tarefa de Hércules. Ele acho que teve 12. Eu tenho 12 quase todos os dias. De maneiras que decidi corrigir o caderno do R., ou melhor, do R. B., que é para distinguir do R. que não sei o segundo nome e que. esse sim, é um verdadeiro demónio. Este não. É daqueles miúdos que eu chamo de "fofos". Porque apesar de não serem alunos brilhantes não dão muito trabalho e absorvem o que lhes transmitimos.

 

 

 

 

Tenho a dizer que me decidi começar pelo de geografia, já que ia ter teste na quarta. É incrível como aquele ser consegue escrever palavras simples como "economia" de três ou quatro formas diferentes, sem nunca se aperceber. Pois que foi "ecunomia", "equnomia", "ecunumia", equnumia" e ainda me devo estar a esquecer de alguma. Acentos para ele não há (olha o espertinho do F. quando eu digo isto: "ó stôra, sabe qual é a palavra portuguesa com mais acentos? É o autocarro..." Pior, mas mesmo pior, mas mesmo mesmo pior é que eu ainda me consegui rir... E depois quero que eles me levem a sério! Vais lá vais!)

 

 

 

 

Mas ainda tenho que explicar por que razão pus estes torrões de açucar muito parvos no meio do post. Então cá vai: Uma das razões para haver maior mortalidade nos países desenvolvidos é o estilo de vida, os maus hábitos alimentares e as doenças que daí advêm (momento de história e cultura,pessoal, aplaudam, vamos lá...), nomeadamente "diavetes", tinha ele escrito no caderno. Claro que eu solto primeiro a minha gargalhada e depois saco do meu melhor sotaque lisboeta, que é uma das minhas maiores qualidades, e começo a insultá-lo de diavético para cá e para lá. Acabamos os dois (mais a D., até caiu da cadeira...) com as lágrimas nos olhos de tanto rir e com a nova prof de matemática lá do centro (de quem eles não gostaram muito à primeira vista) a bater à porta para saber se estava tudo bem. Hilariante. Sei que agora não tem piada nenhuma, mas percebi. E percebi tudo muito bem percebidinho. São estes torrõezinhos de açucar que dão sabor à minha vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

* Já depois de publicar este post, percebi que o senhor Nuno, esse grande divagador, me presenteou, tal como eu o havia ameaçado, com os seus prémios; Eu, como tenho a mania que sou parva, gosto de quebrar correntes e nunca costumo passá-los a mais ninguém. mas o senhor Nuno, que infelizmente é mouro, mereceu que eu neste bocadinho tão frágil de linhas, fizesse várias referências ao seu estaminé de divagações, e ainda por cima vou recomendar a visita a este espaço de cultura a todos aqueles que ainda não desistiram de cá vir. E pronto, espero ter retribuído em grande... Nuno, pá, és um PORREIRO!

 

 

 

 

 

 

 




Taaaania @ 21:31

Seg, 04/02/08

Por um lado, até percebo a ideia. As pessoas compram umas roupitas, ou reutilizam uns trapos que tenham lá para casa, dão umas pinceladas nos beiços e toca a andar para a folia. Põem os seus melhores sorrisos, dançam um bocado e fingem que são felizes. Entretanto, emborcam mais umas mines, engatam um Diabo ou uma Fada, e naquelas horas mais chegadas nada as afecta!

E eu acho bem.

Eu até gosto de festas. Mas não do carnaval. Que não é festa, não é nada. O mundo às vezes já é tão complicado, as vidas já são tão intensas e preenchidas que pensar em vestir ainda mais uma pele por cima de todas as que já uso todos os dias, só me serviria para fazer peso.

Reparem se não é verdade: é a pele que vestimos para aturar aquelas pessoas que cruzam as nossas vidas; é a pele que visto logo de manhã para me suportar, a mim e ao meu mau feitio; é a pele que visto para me mostrar bela aos outros; é a pele que não visto mas que deveria vestir... Já são tantas peles, mas tantas... Gostava era de, por vezes, e só mesmo por vezes, arrancar estas peles todas e ficar nua. Nua de preconceitos, de defeitos ou de cansaços. Preciso de comprar paciência. Para os outros. Mas sobretudo para mim.

 

 

P. S. Momento alto destas festividades de Carnaval: na sexta-feira, a J. mascarou-se. O pai da M. disse-lhe: sim senhor, que linda bruxa! Resposta da J, com uma cara que metia medo: Não é bruxa, é mágica...

 

Onde perdemos nós estes olhares?!

 

 




Taaaania @ 17:56

Qui, 29/11/07

Quando criei o meu querido blog, prometi a mim mesma que não o iria tornar no meu mundo de lamentações, mas antes num mundo secreto. Um mundo só meu, que também tem aspectos negativos e muitos momentos de angústia ou tristeza, mas nunca um mundo negro de lamentações. Vem cá tudo parar, desde os mails mais castiços que recebo, até aos pensamentos de alegria, às situações estranhas que me acontecem diariamente e às minhas reflexões mais profundas (quer se dizer, se calhar não são assim tão profundas...) A intenção foi sempre tornar isto um espaço agradável.

Por isso, tenho evitado falar aqui do meu trabalho...

Brincadeira, mas pronto. Diz que eu sou professora. Ou melhor, para a nossa ministra da deseducação, eu sou apenas uma candidata a professora, embora tenha a certeza que trabalho muito mais do que muitos professores no ensino há muitos anos, a quem fazia bem uma reciclagem a todos os níveis. Mas isso são outras histórias...

Como muitos milhares, como não estou colocada, trabalho em centros de estudos. Se nas escolas se encontram todo o tipo de alunos, nos centros de estudo ainda é pior... O universo é por vezes difícil de mais e os miúdos estão mais desconcentrados e desmotivados do que a besta do Stepanov (repararam na referência a esta reles besta em dois posts seguidos? Ah, pois é, ainda não engoli...)

Pois então que trabalho muito, e como sou quase tão burra como o Stepanov (ah moço, estás desgraçado comigo...) ainda trabalho mais do que me é pedido, porque caio em erros do género: "Ah vais ter teste? Mas eu amanhã não estou contigo... Mas passa por cá que eu ainda te arranjo umas fichas para treinares..."

Quem me manda a mim ser coraçãozinho de manteiga?!?

Mas então, tudo isto para contar que anda uma gaja a fazer fichas e mais fichas, a arranjar exercícios de toda a maneira e feitio para um desses demónios com quem tenho de conviver, o R. (vou só deixar a inicial não vá a minha identidade ser descoberta...) passar quase as duas horas a pintá-la com canetas de todas as cores, e depois apagar tudo com o corrector e voltar ao início...

Vai daí, conto até vinte, respiro fundo e digo-lhe:

- Ó R., ando eu com tanto trabalho para tu não aproveitares?

E diz ele:

- Desculpe ter desvalorizado o seu trabalho, stôra, mas eu gosto muito de si e sei que se preocupa comigo!

 

Foi a primeira frase perfeitamente articulada por ele... E ainda por cima foi bonita...

 

 

 

 




Taaaania @ 19:09

Qua, 05/09/07

Era tortura colocar agora o vídeo da Melanie C (The first day of my life [I guess!]) com aquela piroseira que em Portugal só ganhou fama novamente à custa de uma novela. E da TVI, claro!

Agora que tenho apostado em posts musicais, é só para avisar que não o vou fazer - ainda não estou insana...

É mesmo o primeiro dia de trabalho depois das relaxantes férias. Não foram maravilhosas, o tempo não ajudou mas pude relaxar e aproveitar para pôr em dia leituras e audições de músicas que já há muito não fazia.

Agora há que voltar ao trabalhinho. E hoje foi o primeiro dia. Cheio de miúdos. Não estava à espera. Confesso que já tinha saudades das caras, dos sorrisos, dos olhinhos brilhantes e das baboseiras que saem daquelas boquinhas preciosas.

Lá contaram todos entusiasmados o que fizeram nas férias e alguns ostentavam já orgulhosos o novo material - que é o mais importante...

 

"Oh stôra, mas diga lá o que acha da minha nova mochila" - autoria do Carlos, o cromito do grupo...

 

E depois as maravilhas do costume, agora na parte escrita: "nunca o tinha li-do": mas onde é que ela foi tirar esta ideia? É a primeira vez que vejo um erro deste tipo...  

 

"Ó stôra, não sei o que é uma quadrícula..."

 

"Não sei o que é classificar rapaz quanto ao género" - aluno de 9º ano!

 

"O que é o Passé Composé? Nunca dei isso!" - aluno de 8º ano, fartinho de fazer exercícios do género comigo no ano passado...

 

Depois conto até 20, respiro fundo e ponho o meu melhor sorriso para voltar a explicar toda a matéria desde o 5º ao 9º ano....

 

"Posso ir beber água?"

 

"E eu, também posso?"

 

"E eu?"

 

E pronto. Amanhã é outro dia!  

 

Também se fossem perfeitinhos, era uma seca...

 



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