Peço muita desculpa aos Coldplay, que nunca vi ao vivo e que adorava ver, mas então não é que o senhor Brandon Flowers me facilitou a tarefa e decidiu aparecer no SBSR, e ainda por cima no dia dos The strokes e Elbow?! Ó pá, isto é que foi saltar no carro de contentamento logo pela manhã...
O último dia do Marés Vivas foi qualquer coisa de inenarrável.
Começou bem com dEUS. Não sou muito conhecedora, só conheço mesmo duas músicas mas adorei. Não me entusiasmou, mas deu para perceber que são uma grande banda.
A seguir, veio a maior das tristezas. Os Editors estão embruxados na minha vida. Há dois anos era para ir vê-los ao Coliseu, foi na altura da morte do meu pai. Agora que finalmente ia concretizar o sonho de os ver, deu-lhes para a vedetice, E aquela merda tinha começado tão mas tão bem que prometia ser um dos concertos da minha vida. E o início da bateria da Smokers prometia tanto que eles se foram embora. E a verdade é que eu paguei 40 euros sobretudo por eles. Quase em exclusivo, vá. Se não fosse isso, provavelmente não teria ido os três dias. Por outro lado, penso no pessoal que pagou 25 mocas apenas para os ver e eles desgraçam-nos desta forma. Nem tiveram tempo de cantar a You don't know love, uma das músicas que mais me entusiasmam. Daí esta frustração toda.
Para o fim, ficou um Ben moderno, a buscar Michael Jackson e Led Zeppelin que a maioria dos betinhos que lá estava nem sequer sabe da existência. Um Ben mais rockeiro, com um som e uma voz quase perfeitos, com aqueles agudos maravilhosos e uma atitude fantástica com o público. Já para não falar do espectáculo que fazia com a guitarra, quando eu for grande também vou tocar assim :)
Assim em resumo, valeu pelo Caipirão, pelos Goldfrapp, pelos Placebo e por um Ben Harper. E fica a inveja de este ano não ter ido ao SBSR.
O David é sempre uma emoção de performer. Sempre surpreendente, embora não tenha tocado as minhas músicas preferidas, mas vá. Àquele homem tudo se lhe perdoa.
Os Placebo sim, foram fantásticos, cantaram praticamente tudo o que lhes era devido e ainda deu direito na rifa a uma versão de Nirvana. Um estrondo.
Voltamos a não ficar até ao fim, devido ao cansaço e às dores de costas horrorosas que eu sentia. Peaches fica para a próxima. Mas já deu para fazer muita inveja ao meu irmão, coitadinho, que se roeu todo :)
O mais estúpido foi a quantidade absurda de gente que lá estava e que praticamente me fizeram rogar muitas e muitas pragas e quase conseguiam fazer com que eu desistisse de ir hoje.
Mas depois lembrei-me que eram os Editors. E que já há muito que os desejo ver. Portanto lá terá de ser. Vemo-nos por lá.
Morcheeba foi morninho, com uma vocalista ultra simpática que só assim chegou ao público. Desenquadrados deste tipo de ambiente, mais adequados com certeza a espaços mais pequenos e fechados.
Goldfrapp foi um espectáculo. Com uma Allison que não passou cavaco a ninguém mas que foram realmente poderosos. E eu adoro bandas assim.
GNR não ficamos para ver. Que a estafa já era muita e hoje há mais.
E biba o David. (Placebo? Quem são esses?!) brincadeirinha...
Nota mental: nunca, de novo, em momento algum, voltar a levar sandálias feita morcona para aquela terra.
Hoje dava um bocadinho de mim (tipo: da gordura que está acumulada no meu gigantesco rabo de sereia) para ir a Lisboa fazer o sacrifício de aguentar Xutos e ver os Snow. E também dava um bocadinho da gordura das ancas para ter estado ontem na Casa da Música pelos XX. Mas parece que esta gente não aceita banha em troca de bilhetes. Pffffffffffff
Ai que é tanto gajo giro junto que ainda me vai dar uma coisinha má
P.S. Vá, não era só a este que eu queria ir este ano. Mas das duas uma, ou vou aos festivais ou me caso. E agora já comprei o vestido.
Sem tempo nem vontade de escrever, mas com a memória fresquíssima ainda do mais glorioso concerto possível. Muito pessoal queixou-se da organização. Eu não tenho assim tantas razões de queixa. Já levava sandochas. O que não me fez passar horas em filas para comer uma fatia de pizza mal amanhada. Bebi bastante, mas aí não havia filas. Não fui às casas de banho porque nunca, em momento algum, vou a casas de banho públicas. Portanto também não me posso queixar das filas.
Como já tinha o meu bilhete desde 3 de Fevereiro (prendinha de anos dada com um mês de antecedência!), não sabia que bandas acompanhariam The Killers. E sinceramente era-me igual ao litro. Eu só queria mesmo ver o senhor Brandão e sus muchachos. Mas vá, o sofrimento foi bem grande, confesso.
Primeiro o calor. Que estava abrasador mas que, como é óbvio, não me impediu de ir para perto das grades, já a tomar posição para a meia-noite. E assim foi a torrar ao sol que vi os Bettershell, que por acaso são aqui vizinhos, mas que não deu para saborear muito - 3 músicas apenas.
Seguiram-se os The Walkmen, que eu confesso não conhecer muito, mas que me pareceram muito deslocados. São uma banda bastante intimista, com um vocalista lindo de morrer e com uma voz muito agradável. Contudo, exigem ambientes fechados, sem dúvida.
Seguiu-se a Brandie, de quem detesto a voz. MESMO. Nem vou dizer o que me faz lembrar. Mas pronto, adiante. Para além disso, foi um dos maiores sofrimentos porque precisamente atrás do meu ouvido esquerdo estava uma daquelas fãs fanáticas, que gritava com ela todas as músicas. Verdadeiramente pavoroso. Apesar disso, até tem jeito para puxar pelo público. Apesar de não ter conseguido puxar por mim.
Seguiu-se a segunda melhor banda da noite. Muito bons, os Mando Diao.
E lá veio depois a maior tortura da noite. Muito gira e sensual. Ela até se esforçou por falar português e tudo, mas a moça grita em demasia. E o público estava-se literalmente a marimbar para ela. De tal maneira que um concerto com previsão de hora e meia, não durou nem uma hora. Esta gaja é uma fraude. Mas foram dela as minhas fotos mais bonitas.
Depois sim, a loucura. Da qual não tenho fotos de jeito. Apenas vídeos. Que também não posso postar. Primeiro porque não sei. Depois porque se ouve em demasia a minha voz a gritar. Excesso de humilhação. Mas pronto, vão ao Youtube que há lá coisa fixolas.
E pronto. Saltei e dancei e cantei tanto mas só me apercebi que praticamente não conseguia caminhar quando me tentei dirigir para fora do estádio. É que os meus joelhos não respondiam. Mas valeu a pena? Tudo vale a pena. Desde que seja para ver The Killers. Que espero não tardem muito a regressar. A confiar nas palavras do Florzinhas, não devem tardar mesmo. E eu lá estarei. Nem que seja no Algarve.
Não tenho muitas forças para escrever. Estou mais para lá do que para cá, Lisboa é grande (e longe para caraças!) mas se não vivi uma das melhores noites da minha vida ontem, acho que tenho um futuro muito brilhante à minha frente.
Porra, que a merda do concerto foi simplesmente arrepiante. Ver o Flores a decidir "retocar" a Spaceman porque o público doido não se calava logo de seguida, sorrindo maravilhado para nós (ou melhor, quase de certeza que era para mim, evidentemente que aquele era o meu sorriso!), foi uma sensação indescritível. Êxito atrás de êxito, foi cantar até ficar sem voz, pular muito, dançar ainda mais, a ponto de ficar praticamente sem forças para levantar mais os braços. A excitação era tão grande que quase me ofereceram porrada e tudo. Mas isso são conversas apenas para amanhã. Porque hoje não consigo.
P.S. Um grande obrigada a ele, que mesmo arrastado lá cumpre os meus caprichos. Vá, eu já prometi que hei-de acompanhar o raio dos jogos do Gulpilhares todos no próximo ano. E mesmo assim nunca retribuirei a felicidade de ter lá estado ontem.
Ainda não disse que o bilhete dos The Killers chegou mesmo no dia de anos. E que só é pena os Ting Tings serem uma semana antes também em Lisboa, senão pedinchava esse também.
Acabadinho de chegar ao mail. E pronto, troco os Kaiser Chiefs que eram já na próxima semana e o Jason Mraz que era em Março por um bilhetinho bem bonito para ver isto. Saltinhos de contentamento, muitos sorrisos e palminhas, palminhas, palminhas... (o meu aniversário é em Março, não aceito mais nada que não seja um bilhete lol) Ó pá, é que fiquei mesmo muito muito muito contente, há sonhos que se concretizam mesmo este ano.
A notícia é do Metro:
Eu estou a imaginar uma coisa destas a acontecer em Portugal.
Tudo a fazer um esforço para visualizar as possíveis cenas: