A ver na Sic Radical um programa com os melhores momentos do Rock in Rio do Rio, percebi perfeita e claramente que já não se fazem bandas, e muito menos músicas, como antigamente.
Peço muita desculpa aos Coldplay, que nunca vi ao vivo e que adorava ver, mas então não é que o senhor Brandon Flowers me facilitou a tarefa e decidiu aparecer no SBSR, e ainda por cima no dia dos The strokes e Elbow?! Ó pá, isto é que foi saltar no carro de contentamento logo pela manhã...
Day 8: A song that you can dance to
Podem vê-lo aqui que não é possível incorporar. Para além de começar logo a bater o pezinho, o videoclip ainda é um espectáculo.
Goldfrapp, Number One
Day 07 - A song that reminds you of a certain event;
Foi a música da entrada na quinta do meu casório. Sempre que a ouço lembro-me de mim, sentada na limusine, com o padrinho com um alicate na mão para me cortar uma merda no vestido que se lembrou de saltar e de me fazer uma ferida no braço. Quando saímos, houve um brinde com mais um bocado de champagne (e quanto eu bebi, meus amigos!) e até que os convidados chegassem ao sítio dos comes e bebes, foi isto que se ouviu.
The Pogues, love you till the end
P.S.0. Não consigo colocar vídeo, aliás não há vídeo desta música, mas ide pesquisar.
P.S.1. É de lembrar que o tema do casamento era o cinema e portanto todas as músicas que passaram faziam parte da banda sonora de algum filme. Este era do P.S. I love you.
P.S.2. Este desafio era para ser feito em 20 dias, eu estou a contar fazê-lo em 20 meses, pois com certeza.
A song that reminds you of somewhere
Esta faz-me lembrar as minhas adoradas férias na costa alentejana, até agora o meu sítio preferido no mundo, nas quais este disco tocava com insistência. Teve direito a coreografia e tudo. Era uma felicidade.
The Killers, Read my mind
P.S. Eu praticamente podia responder a este desafio todo com músicas destes bebés. A ver se não caio na tentação.
A song that reminds you of someone
Esta também é fácil. Faz-me lembrar a minha enorme amiga S. e os tempos em que passávamos os intervalos a cantar e a delirar com uns moços todos jeitosos que não eram da nossa turma e que nos pareciam tão inalcançáveis até ao dia em que bebi uma cerveja com o meu apaixonado daquela altura e ela só me gritava aos ouvidos com a alegria de me ver feliz. Foi com ela que passei a fase estúpida da minha juventude, sempre a achar que a vida eram só problemas e dramas e ninguém gostava de mim, até ao dia em que ele me convidou para uma cerveja :)
E nessa altura era isto que nós ouvíamos em repeat, ainda a inventar algumas partes da letra que na altura não percebíamos muito bem.
U2, Where the streets have no name
A song that makes you sad
Esta faz-me lembrar a fase mais triste da minha vida, a que continua a ensombrar cada momento do presente e do futuro. Na altura que o meu pai morreu, fiz um post com ela. Era uma daquelas que tocava com insistência no meu rádio e acabou por ser um pouco um pronúncio do que se adivinhava. Todavia, não deixa de ser uma grande música e até foi bom recordá-la de novo. à sua maneira. Porque sempre que a ouço fico mesmo com uma sensação de vazio.
Death Cab for Cutie, I will follow you into the dark
O último dia do Marés Vivas foi qualquer coisa de inenarrável.
Começou bem com dEUS. Não sou muito conhecedora, só conheço mesmo duas músicas mas adorei. Não me entusiasmou, mas deu para perceber que são uma grande banda.
A seguir, veio a maior das tristezas. Os Editors estão embruxados na minha vida. Há dois anos era para ir vê-los ao Coliseu, foi na altura da morte do meu pai. Agora que finalmente ia concretizar o sonho de os ver, deu-lhes para a vedetice, E aquela merda tinha começado tão mas tão bem que prometia ser um dos concertos da minha vida. E o início da bateria da Smokers prometia tanto que eles se foram embora. E a verdade é que eu paguei 40 euros sobretudo por eles. Quase em exclusivo, vá. Se não fosse isso, provavelmente não teria ido os três dias. Por outro lado, penso no pessoal que pagou 25 mocas apenas para os ver e eles desgraçam-nos desta forma. Nem tiveram tempo de cantar a You don't know love, uma das músicas que mais me entusiasmam. Daí esta frustração toda.
Para o fim, ficou um Ben moderno, a buscar Michael Jackson e Led Zeppelin que a maioria dos betinhos que lá estava nem sequer sabe da existência. Um Ben mais rockeiro, com um som e uma voz quase perfeitos, com aqueles agudos maravilhosos e uma atitude fantástica com o público. Já para não falar do espectáculo que fazia com a guitarra, quando eu for grande também vou tocar assim :)
Assim em resumo, valeu pelo Caipirão, pelos Goldfrapp, pelos Placebo e por um Ben Harper. E fica a inveja de este ano não ter ido ao SBSR.
O David é sempre uma emoção de performer. Sempre surpreendente, embora não tenha tocado as minhas músicas preferidas, mas vá. Àquele homem tudo se lhe perdoa.
Os Placebo sim, foram fantásticos, cantaram praticamente tudo o que lhes era devido e ainda deu direito na rifa a uma versão de Nirvana. Um estrondo.
Voltamos a não ficar até ao fim, devido ao cansaço e às dores de costas horrorosas que eu sentia. Peaches fica para a próxima. Mas já deu para fazer muita inveja ao meu irmão, coitadinho, que se roeu todo :)
O mais estúpido foi a quantidade absurda de gente que lá estava e que praticamente me fizeram rogar muitas e muitas pragas e quase conseguiam fazer com que eu desistisse de ir hoje.
Mas depois lembrei-me que eram os Editors. E que já há muito que os desejo ver. Portanto lá terá de ser. Vemo-nos por lá.
Com a união perfeita entre o sorriso mais lindo do mundo e a mulher mais estonteantemente bela do planeta.