Eis que o saldo deste ano superou todas e quaisquer expectativas. É que foram presentes até dar com um pau, todos eles maravilhosos:
*umas luvas muy munitas
* duas écharpes e uma golinha quentinhas, quentinhas
* um CD do Brandão Flores, embora tivesse o pirata há aqueles que queremos sempre os originais e este até veio do UK
* um fondue aqui para a maison
* um LED para a maison aussi
* um perfume e cremes Calvin Klein
* mais um conjunto de cremes
* uma tela do casório para o nosso ninho de amor
* uma pulseira munita
* um colar
* um suposto telemóvel que ainda não chegou
* quilos de chocolates e nem um Ferrero Rocher, oh yeah
Ficaram a faltar os livros. Nem um, oh desgraça. Eu pelo contrário ofertei livros aos meus mais fofinhos. É a diferença de nível cultural :)
Ao contrário do que vai acontecendo por essa blogosfera fora, eu não vou fazer uma lista de natal. É muito mais bonito ser surpreendida.
Para além disso, este ano voltei a fazer mais ou menos as pazes com o Natal, até a mãe entrou no espírito e houve direito a árvore e presépio (dois anos depois), tudo por causa do marido.
Para além disso, já comprámos o Buzz para ele levar uma porrada de cultura durante toda a noite. É assim a vida.
Um feliz Natal a todos os queridos que por cá passarem. Sim, claro, e aos outros também...
Este ano para mim não há Natal. Sempre fui muito fã. Era ver-me numa alegria a montar a árvore e o presépio, cheguei mesmo a adoptar a piroseira de colocar um Pai-Natal a subir pela janela da casa. Tudo, sobretudo, porque mais fã do Natal do que eu só conhecia uma pessoa: o meu pai. Esse sim, dava imensa importância às datas. Morreu na Páscoa, a ver o Ben-Hur, um dos seus filmes preferidos. Na segunda-feira, enquanto lanchava num café, espreitei pelo canto do olho e na televisão passava o Ben-Hur. Voltei a lembrar-me do seu olhar parado naquele dia, a dizer que nunca mais me veria e eu a recusar essa ideia. O certo é que não voltou a olhar para mim.
Para mim, este ano, não há Natal. Não houve luzes brilhantes, nem árvore, nem presépio. Não haverá presentes, nem festa, nem cantorias. Apenas a lareira acesa para iluminar o sofá onde passava a maior parte do seu tempo.
Faço o "sacrifício" de ir aos jantares que organizam. No sábado fui ao do emprego, no próximo irei a um de amigos, na segunda a festa dos miúdos, na terça, a festa dos outros miúdos, que me imploraram para ir. Não posso dizer que não. Nesses dias, coloco o meu melhor sorriso. Não gosto que me vejam como a coitadinha que está triste. Rio muito, digo muitas baboseiras, aliás como sempre o faço. Compro presentes até cinco euros, por não querer ficar de parte, por não querer que os outros possam pensar que eu estou a pensar nele. Fala-se de doenças, de pais, de felicidades. Eu rio e falo também.
Não aceito passar o Natal fora de minha casa. Vai ser só mais um dia. Como se de uma qualquer data se tratasse. Talvez a comida seja igual, de certeza que a minha mãe não deixará que faltem os doces do costume. Este ano seremos só três. Implorei à minha mãe que fóssemos só os três. Para às nove da noite, se me apetecer mesmo muito, já estar deitada na cama com um comprimido no bucho à espera que o dia passe num instante. E que as horas voem. Para não ter de imaginar o meu pai numa cova escura e profunda, tão longe do meu olhar.
Merry Christmas Mr Lawrence, Sakamoto Ryuichi
Entro numa perfumaria para comprar um after-shave para o meu irmão e, em vez de receber uma amostra de perfume feminino, se lembram de me dar uma amostra de um novo gel contra a celulite...
Segunda parte da humilhação: vou à menina (esta não foi muito feliz...) para embrulhar e ela pergunta se é para homem!
Eu sabia que havia de estar quieta...
Querido Pai Natal vermelhinho e fofo:
Decidi escrever-te uma carta este ano. Ainda por cima aberta, porque adoro este conceito. Não me lembro se alguma vez te terei escrito alguma, sinceramente acho que sim. Na minha infância, dizem que passava o tempo todo a ler ou a escrever. Antes de o saber fazer, fingia que o fazia. Por isso, algures aí na Polónica (foi assim que o R. ontem te descreveu!) já deves ter o meu registo.
Como diz a canção, tu que vês e sabes tudo, sabes que eu já te perdoei todas as maldades que me fizeste no ano passado. Quase não vinha a tempo de comer o meu bacalhauzito com polvo, quase receei não ter Natal, quase me apeteceu chorar por temer o pior. Mas depois tiveste medo. Quando eu te ameacei, lembras-te? Apesar de ter sido triste, estivemos todos juntos, e por isso te escrevo este ano, porque te perdoei...
Este ano não te vou pedir nada. Só há pouco tempo comecei a perceber o que era o Natal. Ontem quando disse à A. que haveria um dia, daqui a muitos anos, em que ela perceberia o que era verdadeiramente o Natal, ela soltou aquela gargalhada maravilhosa que só ela tem. E eu sorri com ela. Porque esta ingenuidade não tem preço. E fez-me lembrar todas as vezes em que também eu sorria quando pensava no Natal.
A menos que surja um contratempo muito grande nestes próximos dias, terei o Natal que pedi no ano passado, e tu sabes do que falo... Por isso, gostaria de te agradecer. Sei que neste momento toda a Polónica está numa azáfama para que este meu singelo mas enorme desejo se concretize, por isso não quero que te percas a ler mais uma infindável carta. Este ano vou reciclar papel e podes ler directamente aqui no meu blog, mais um dos presentes bons que eu própria construí no ano passado.
No fundo, as coisas maravilhosas da nossa vida são aquelas que construímos com as nossas próprias mãos, com os nossos medos, as nossas emoções e o nosso desejo secreto de mudar o mundo, quanto mais não seja aquele mundo secreto que todos nós possuímos...
Um beijo,
Tânia
P.S. Claro que se puderes, no entretanto, enviar qualquer coisinha boa aqui para o "je", o pessoal agradece...
No outro dia apresentei três propostas apetitosas para receber de prenda de Natal... pronto, foi brincadeirinha, mas até que foi engraçado!
Hoje vou deixar as propostas proibidas de oferecer a quem quer que seja... A quem quer que seja MESMO!!
As raparigas em idade "dita casadoira" percebem-me neste momento... Porque é que todas as tias acham que nos vamos casar, que precisamos de armazenar toalhas e que já vai sendo tempo de o fazer?!?!?
Estas são de golf, mas incluem-se no lote as famosas raquetes de ténis and so on... Diga-se que meia branca... PLEASE, DON'T!!!!
No entanto, e só um pequeno parênteses, estas para mim até que já serviam... Mas é uma das minhas pancas...
É de muito mau gosto... Tanto doce bom para se comer...
Por razões óbvias...
É de muito mau gosto (parte II)... Tanta coisinha boa para ler...
Demasiado intoxicante...
Pronto, foram só agumas dicas... As novas recomendações que me possam surgir entretanto seguem num post perto de si... Foi bonito!
De salientar que eu não queria publicar estas fotos, que são mesmo muita feias, os moços não têm graça nenhuma e os doces são pouco apetitosos... Fui obrigada pelo... ou pela... ou pelo...
Já não me lembro... Mas lá que fui obrigada, lá isso fui!!
Nove mil, setecentas e tal visitas depois, eis que surge o meu momento apoteótico, aquele pelo qual vinha ansiando há já imenso tempo...
É verdade, recebi o meu primeiro comentário negativo!!!! Tive direito a ser mandada calar e tudo...
Portanto, quero aqui agradecer publicamente ao senhor Rey.
E, claro, vou accionar o meu direito de resposta.
Assim sendo, caro senhor Rey (o que deve fazer de mim o Hugo Chavez cá do sítio):
- A mim ninguém me manda calar, e eu não aceito ordens vindas de um rei sem país, que nem nele próprio deve conseguir mandar;
- O senhor Rey (e olhe que já está a ser privilegiado, porque se eu tivesse bigode e fosse gorda como o Chavez seria ainda de mais baixo nível!) tem um excelente remédio: não gosta cá do meu mundinho (EU PELO MENOS TENHO UM MUNDO ONDE REALMENTE SOU EU QUE MANDO...) não apareça!
- E sim, eu sei o que é o karma! Mas haverá sensação mais maravilhosa do que desafiar o destino? Claro que o senhor não sabe, até porque deve viver uma vida de tal forma rotineira e sem graça, que deve ser um rei tão feliz como o da história d' "O Rey vai nú"...
- Por fim, gostaria sinceramente de lhe agradecer e parece que ficamos os dois imensamente felizes: o senhor Rey teve os seus dois minutos de fama e eu tive a felicidade de poder fazer este post. Na verdade, estava a ver que ia chegar aos 10 000 sem um insultozito...
'Brigadinha... Vocês não adoram o espírito natalício?
Nesta época são mais que muitas as tradições. Cada família, e cada pessoa em particular, tem as suas. É já ver as corridas desenfreadas aos hipermercados para comprar tudo o que o pessoal tem direito nestas alturas. Eu também tenho as minhas. Uma delas, a principal, é comer pelo menos um kilo de camarão sozinha. (sem exageros... vá, não se riam... podia ser pior...)
Vai daí que hoje lá fui com a minha mãe fazer as primeiras compras de Natal (de comida, entenda-se, nada de prendas...)
E logo por sorte havia promoção de camarão - 7euros e 50 o kg, e os bichos até tinham um tamanhito considerável! Os meus olhos saíram de órbita e digo eu logo a salivar [isto porque me imaginei sentadinha à lareira a descascar camarão a noite toda]: Ehhhhhhhhhh láaaaaaaaaaaaaa... Vamos lá encher o saco...
A moça pesa, cola o papelzinho e já uns metros à frente digo eu para a minha mãe: Olha vê lá quanto é que tem de peso, já ela ia direita aos frutos secos. Qual não é o espanto quando vemos que a gentil menina colou apenas o preço de 1.10 euros por dois queijos frescos...
Bem, vocês não estão bem a ver como é a minha mãe: toda correcta, cheia de boas intenções, então não é que ela queria ir para trás para pôr o preço certo naquilo? Claro que eu não deixei (agora me lembro que recebi há semanas o meu prémio blog solidário por fazer bem aos outros...). E digo eu de novo: Deixa lá, pode ser que encontremos uma ainda mais distraída na caixa!
E não é que encontramos mesmo?
Já pesei: 2kg300 de camarão por 1euro.
Já é o segundo factor favorável ao meu Natal deste ano!!!! Será que é desta que me sai na rifa o carro, a casa e o euromilhões?
Hoje o paizinho foi ao hospital receber os resultados do mielograma. Medula intacta, doença banida... O meu pai é o maior: quantos de vós conhecem pessoas que derrotam leucemias com esta categoria?!?! Não é para todos, ah pois é...
É uma boa razão para sorrir este Natal já que o passado... foi para esquecer! Eu podia contar aqui como foi o meu Natal passado mas, depressão por depressão, já basta o Stepanov a enterrar o Porto... Ah, figurinha triste...